Entre os 24 a 28 de março, o governo federal estará em 22 territórios atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. A Caravana Interministerial percorrerá municípios inseridos no Repactuação e o objetivo é informar e esclarecer dúvidas da população local sobre os termos do acordo.
Serão 20 reuniões, distribuídas entre 11 encontros com a população geral, 3 em territórios indígenas, 4 em comunidades quilombolas e 2 com outros grupos tradicionais.
Contudo, o governo não liberou uma programação com a divulgação dos encontros com a população de maneira oficial.
O Governo Federal terá a missão de tirar dúvidas das comunidades por meio de plenárias para a população e reuniões com lideranças locais. A Caravana terá equipes para atender o público geral, e também para povos indígenas e quilombolas, e trabalhadores de atividades tradicionais como faiscadores e pescadores.
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Para o site oficial da Secretaria de Comunicação, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, afirma que “a Caravana é a forma de o Governo Federal esclarecer, nos territórios, os principais pontos do acordo que fará a reparação às famílias que sofrem há quase 10 anos os efeitos de um dos maiores desastres ambientais do país”. “São 90 técnicos nesse trabalho de esclarecimento e escuta da população”, destacou.
As equipes percorrerão toda a área atingida pelo desastre do rompimento da barragem de Fundão, desde Mariana até a foz do Rio Doce, no Espírito Santo, incluindo o litoral capixaba. Os municípios em que Caravana passará são: Mariana (MG), Acaiaca (MG), Barra Longa (MG), Rio Doce (MG), Timóteo (MG), Caratinga (MG), Belo Oriente (MG), Governador Valadares (MG), Tumiritinga (MG), Resplendor (MG), Itueta (MG), Aimorés (MG), Colatina (ES), Linhares (ES), Serra (ES), Aracruz (ES), São Mateus (ES) e Conceição da Barra (ES).
Mariana e Ouro Preto rejeitam a Repactuação
Ao todo, 26 municípios assinaram a repactuação do Acordo de Mariana (20 de Minas Gerais e 6 do Espírito Santo), enquanto 23 recusaram (18 de Minas Gerais e 5 do Espírito Santo). Entre as cidades que optaram por não aderir estão Mariana e Ouro Preto, duas das mais impactadas pelo desastre de 5 de novembro de 2015.
Em 25 de outubro de 2024, o governo Federal, o governo de Minas Gerais, o Espírito Santo e as mineradoras envolvidas definiram os termos do novo acordo. O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou os termos do acordo em 6 de novembro, um dia após o nono aniversário da tragédia. Após a homologação, as cidades reconhecidas como atingidas tiveram 120 dias para decidir se adeririam ou não aos novos termos.
O prazo se encerrou nesta quinta-feira (6). Portanto, confira a lista de cidades que decidiram assinar o acordo e as que recusaram.
Municípios que aderiram à repactuação
Minas Gerais
- Bugre
- Caratinga
- Córrego Novo
- Dionísio
- Iapu
- Marliéria
- Pingo D’Água
- Ponte Nova
- Rio Casca
- Rio Doce
- Santa Cruz do Escalvado
- Santana do Paraíso
- São Pedro dos Ferros
- Sem Peixe
- Sobrália
- Barra Longa
- Fernandes Tourinho
- Ipatinga
- Raul Soares
- Timóteo
Espírito Santo
- Anchieta
- Conceição da Barra
- Fundão
- Linhares
- São Mateus
- Serra
Municípios que NÃO assinaram a repactuação
Minas Gerais
- Aimorés
- Alpercata
- Belo Oriente
- Bom Jesus do Galho
- Conselheiro Pena
- Coronel Fabriciano
- Galiléia
- Governador Valadares
- Ipaba
- Itueta
- Mariana
- Naque
- Ouro Preto
- Periquito
- Resplendor
- São Domingos do Prata
- São José do Goiabal
- Tumiritinga
Espírito Santo
- Aracruz
- Baixo Guandu
- Colatina
- Marilândia
- Sooretama
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.