No próximo dia 24, acontece a abertura da exposição ‘MINHA MISSÃO É SER ARTISTA: Tunico, uma travessia‘, que homenageará o homem que imortalizou os telhados de Ouro Preto através da singeleza de seus traços. Uma iniciativa de alunos do 7º período de Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto, as obras serão expostas no Campus Morro do Cruzeiro, na Sala de Exposições, 1º Andar, Prédio Escola de Direito, Turismo e Museologia (EDTM/UFOP).
Antes de abrir para a fruição do público, haverá uma mesa de abertura, conduzida pela Profa. Dra. Priscilla Arigoni Coelho, responsável por orientar os discentes.
A exposição é uma homenagem ao pintor Tunico dos Telhados, um baluarte artístico de Ouro Preto que faleceu no dia 17 de março de 2024. Considerado um artista único, por seus traços e, principalmente, pela sua visão artística da Cidade Patrimônio.

Sua morte foi muito lamentada por todos que sabiam da sua importância no município. Comunidade artística e familiares buscam manter vivo o legado de Antônio Marcos de Paula.
O perfil oficial da exposição “Travessia”, diz sobre a exposição que homenageia Tunico dos Telhados:
“Na sua décima quarta edição, a exposição curricular fará homenagem ao artista plástico Tunico dos Telhado, através de um espaço de reflexão e celebração a respeito da arte preta, história do artista, sua ancestralidade e as reminiscências sobre a cidade de Ouro Preto. Temos assim, um projeto com alta carga sentimental advinda do luto ainda recente da família e a proposta de fomentar o processo de institucionalização de sua arte para futuras gerações”.
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Tunico dos Telhados, eternamente Ouro Preto


Antônio Marcos de Paula foi um artista que olhou para a cidade em que viveu e transformou a trivialidade em extraordinário. É assim que virou Tunico dos Telhados de Ouro Preto.
O homem, nascido no bairro de Antônio Dias – lugar onde também nasceu Vila Rica- disse em entrevista que se “emocionou” com os telhados da cidade e decidiu, assim, transformar a sua emoção em expressão. É como fazem os grandes artistas.
O ‘Milton Nascimento’ da tinta e pincel, com seu cabelo rastafári, buscava compor imagens utilizando a criatividade de quem vive em uma terra em que arte é vocação. O Ouropretano aprende desde cedo a valorizar e entender a beleza. Afinal de contas, caminhar pelas ruas de pedra é como perambular por um museu. Ou seja, os filhos de Ouro Preto reconhecem e valorizam a arte de Tunico dos Telhados, porque sabem o que é arte.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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