Na última quinta-feira (30), Ouro Preto oficializou sua candidatura para integrar para se tornar uma Cidade Criativa da UNESCO no campo das Artes Populares e Artesanato. O evento, realizado no Teatro Casa da Ópera, também marcou a assinatura da lei que institui o Plano Municipal de Economia Criativa pelo prefeito Angelo Oswaldo (PV).
O município busca o reconhecimento internacional destacando o artesanato em pedra-sabão e o potencial criativo da população local. Durante o evento, o prefeito ressaltou que a candidatura reforça o compromisso de Ouro Preto com a cultura, o artesanato e a criatividade como motores do desenvolvimento sustentável.
O diretor de economia criativa e solidária de Ouro Preto, Luís Viana, apresentou dados sobre o impacto da economia criativa na cidade, destacando que 3.110 ouro-pretanos ocupam empregos formais nesse setor.
Plano Municipal de Economia Criativa de Ouro Preto
Ouro Preto tornou-se a primeira cidade de Minas Gerais a aprovar um Plano Municipal de Economia Criativa. A elaboração contou com o apoio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), cujos técnicos percorreram as localidades do município para levantar informações e assegurar que o plano refletisse a realidade econômica local.
O diretor de Economia da Criatividade e Articulação Cultural de Minas Gerais, José Oliveira Júnior, destacou a importância da iniciativa. “Uma cidade histórica como Ouro Preto projetando-se para o futuro, abrindo perspectivas de inovação a partir da criatividade, é algo muito significativo. Essa candidatura também impulsiona a internacionalização da cidade, ampliando o diálogo com outras cidades do mundo”, afirmou.
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Impacto da candidatura
O prefeito Angelo Oswaldo enfatizou a relevância do título da UNESCO: “O título de Cidade Criativa é muito respeitado e traz força para as cidades que o obtêm. Nós estamos mobilizados para que Ouro Preto seja reconhecida como uma cidade da inovação e do desenvolvimento sustentável por meio da criatividade”.
Durante a mesa de abertura, Angelo Oswaldo também abordou o impacto dos reconhecimentos internacionais. “Esses títulos iluminam uma ideia, um compromisso e uma jornada. Se somos, desde sempre, uma cidade criativa, com essa chancela da UNESCO isso se tornará ainda mais visível e comprometido com um trabalho organizado e planejado”, declarou.
A subsecretária de Estado de Cultura e Turismo, Maristela Rangel, reforçou seu apoio à candidatura: “Ouro Preto já tem esse título. Não estamos falando apenas de um reconhecimento formal, mas da história e do povo de Ouro Preto. Esse reconhecimento fortalece a valorização da cultura popular e da economia criativa”.
Desenvolvimento econômico e inovação

O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, Felipe Guerra, ressaltou a importância da diversificação econômica no município. “Ouro Preto é pioneiro na criação de um Plano Municipal de Economia Criativa, que agora se torna uma política pública. Isso é essencial para gerar mais empregos e renda”, explicou.
Segundo Guerra, o plano foi estruturado com apoio de instituições de ensino, associações e a comunidade local, garantindo um modelo baseado nas melhores práticas internacionais. “Hoje, Ouro Preto tem mais de 20 mil postos de trabalho com carteira assinada, resultado do fortalecimento da economia criativa e do turismo”, afirmou.
O Secretário de Cultura e Turismo de Ouro Preto, Flávio Malta, destacou a relevância da candidatura para a vocação natural da cidade. “Ouro Preto não seria o que é sem as artes, o artesanato e a cultura popular. Esse título da UNESCO é um reconhecimento a essa tradição, além de impulsionar novos investimentos e oportunidades para os artistas locais”.
Com o prazo para submissão da candidatura até 10 de fevereiro, Ouro Preto segue articulando sua proposta e mobilizando apoio para ingressar na Rede de Cidades Criativas da UNESCO.

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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
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