Saúde no Carnaval: saiba como prevenir doenças transmitidas pelo contato e aglomerações

Durante o Carnaval, em meio à aglomeração e ao contato próximo entre foliões, aumentam os riscos de transmissão de diversas doenças. Entre as principais preocupações médicas estão as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HIV e sífilis, além de doenças respiratórias e aquelas transmitidas pela saliva, como o herpes labial e a mononucleose — conhecida como ‘doença do beijo’. Para aproveitar a folia sem preocupações, especialistas alertam: prevenção é a melhor estratégia.

O infectologista Marcelo Cordeiro, consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, orienta alguns cuidados básicos. “As principais recomendações incluem o uso de preservativos em todas as relações sexuais, a não partilha de copos, garrafas ou utensílios pessoais – para reduzir o risco de doenças transmitidas pela saliva – e cuidados gerais, como manter-se hidratado, moderar o consumo de álcool e higienizar as mãos antes das refeições”.

  • Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

O uso correto e consistente de preservativos é essencial para reduzir o risco de transmissão de doenças como HIV e sífilis – duas das ISTs mais comuns. O primeiro é um vírus que compromete o sistema imunológico, enquanto a segunda é uma infecção bacteriana curável, mas que pode causar complicações graves se não tratada.

O papilomavírus humano (HPV) é outra IST que merece atenção no período de Carnaval. Altamente contagioso, ele pode ser transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas ou pelo contato direto com a pele infectada.

“Outra medida de prevenção é a profilaxia pré-exposição (PrEP), um medicamento disponível na rede pública que reduz significativamente o risco de contrair HIV em pessoas com maior exposição ao vírus. Já a profilaxia pós-exposição (PEP) é indicada em casos de situações de risco, como relações desprotegidas ou acidentes com materiais biológicos. A PEP deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição e pode ser obtida em unidades de saúde e pronto-atendimentos”, explica o especialista.

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Além disso, é fundamental estar atento aos sinais e sintomas: Feridas na região genital, alterações na pele, dor ao urinar, febre persistente ou inchaço nos linfonodos podem ser indicativos de ISTs. “Caso apresente algum desses sintomas, procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e orientação”, alerta Marcelo Cordeiro.

  • Doenças transmitidas pela saliva

Doenças como a mononucleose e o herpes labial, que podem ser transmitidas pelo contato direto ou pelo compartilhamento de objetos pessoais, também requerem atenção durante o Carnaval. Evitar compartilhar copos, talheres, garrafas e itens de uso pessoal é uma prática eficaz para reduzir o risco de infecção. Além disso, manter uma boa higiene das mãos e evitar contato próximo com pessoas que apresentem feridas labiais ou sintomas como febre também são medidas recomendadas.

“Se sintomas como cansaço extremo, febre prolongada, aumento dos linfonodos ou dor ao engolir surgirem, é importante buscar orientação médica. Embora muitos casos sejam autolimitados, o acompanhamento clínico pode ser necessário em situações mais graves ou persistentes”, comenta o médico do Sabin.

Para prevenir o herpes labial, a principal recomendação é evitar o contato direto com feridas ou secreções de pessoas infectadas, bem como o compartilhamento de objetos pessoais. Se surgirem bolhas ou feridas nos lábios, ardência ou coceira, a consulta médica é essencial para avaliação e tratamento adequado.

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