Um processo judicial é o entrave que excluiu o serviço de Táxi Lotação no projeto da “Tarifa Única de R$ 2,00” para o transporte público de Ouro Preto, anunciado oficialmente nesta quarta-feira (2), em cerimônia na Casa de Gonzaga. Em entrevista à Rádio Real, o prefeito Angelo Oswaldo esclareceu os motivos da exclusão e garantiu que a Prefeitura estuda alternativas para manter e fortalecer o serviço, por meio de um possível subsídio específico.
“Existe um processo na Justiça movido pelos concessionários de transporte coletivo contra o táxi-lotação. Enquanto esse processo não for julgado e essas dúvidas não forem dirimidas, nós não poderíamos incluir o táxi-lotação num benefício de subsídio. É uma coisa que nós estamos estudando: como fazer isso, como seria feito, qual a melhor maneira de garantir a continuidade do táxi-lotação”, disse Angelo.
O decreto prevê que todas as linhas de ônibus municipais e distritais passem a operar com tarifa única de R$ 2,00, facilitando o deslocamento da população.
Criado em gestões anteriores do próprio Angelo, o Táxi Lotação foi uma solução para a geografia complexa de Ouro Preto. “É uma iniciativa muito original do município. Poucas cidades têm esse modelo. Ele foi criado exatamente porque compreendemos as dificuldades de acesso em determinadas regiões da cidade, onde só veículos de pequeno porte conseguem chegar”, destacou Angelo a Antônio Isidoro.

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Apesar da exclusão inicial, o prefeito reforçou que a administração municipal busca alternativas para apoiar o serviço. “Nós não queremos a interrupção desse serviço porque ele é fundamental. Estamos estudando qual a melhor forma de garantir sua continuidade. Em breve, esperamos contemplar também o Táxi Lotação”, afirmou.
Angelo lembrou ainda que os valores pagos pelo serviço são baixos em comparação a outras formas de transporte individual, embora ainda mais altos que os R$ 2,00 da nova tarifa única dos ônibus. “As pessoas pagam um pouco mais no Táxi Lotação, mas ainda é menos do que no táxi convencional, que em Ouro Preto não tem taxímetro e acaba sendo mais caro do que em outras cidades.”
A Prefeitura não deu um prazo para a apresentação de um novo modelo de subsídio específico para o serviço, mas garantiu que a pauta segue em análise técnica.
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