A Vale, uma das principais empresas de mineração do Brasil, identificou uma anomalia em um dreno da barragem Forquilha III, localizada em Ouro Preto. A estrutura, localizada na mina de Fábrica, em Ouro Preto está em nível 3 de emergência, o mais alto, desde 2019. Quem divulgou as informações foi o G1, seguindo aos dados apresentados pela Aecom.
De acordo com o documento, esse dreno apresenta histórico de saída de material ao longo dos anos, mas a ocorrência atual “é inédita no sentido de que o material observado é distinto do verificado nas ocasiões anteriores, tratando-se, claramente, de material que contém minério de ferro em fração muito fina”.
A anomalia foi detectada no dia 15 de março e consiste no acúmulo de material sedimentado, de coloração acinzentada, na saída do dispositivo de drenagem, localizado no primeiro alteamento da barragem. Apesar disso, a mineradora assegura que não houve alteração nas condições da estrutura.
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FISCALIZAÇÃO DA ANM
De acordo com o G1, a Agência Nacional de Mineração (ANM) realizou duas inspeções na mina de Fábrica, onde está localizada a barragem, após a detecção da anomalia, nos dias 19 e 22 de março. Na última inspeção, foi constatado um pequeno volume de sedimento ainda sendo liberado pelo dreno, porém, a água apresentava uma turbidez insignificante, o que, segundo a ANM, descarta a possibilidade de um agravamento imediato da situação da barragem.
A ANM continua acompanhando a execução do plano de ação elaborado pela Vale para corrigir a anomalia, com relatórios técnicos diários enviados pela empresa. Uma nova fiscalização está programada para esta sexta-feira (5), seguida por uma diligência na próxima semana, envolvendo diversos órgãos públicos, para avaliar os resultados das intervenções realizadas. O consultor de geotecnia de barragens Gerson Campera indicou que a anomalia pode estar relacionada ao mau funcionamento da passagem de água pelo dreno.
PRONUNCIAMENTO DA VALE
Em resposta ao mercado, a Vale divulgou um comunicado oficial nesta sexta-feira (05). A empresa destacou que a identificação, análise e correção de anomalias em uma barragem fazem parte da rotina operacional normal dentro do sistema de gestão de barragens e rejeitos da Vale, alinhado aos padrões globais da indústria.
A Vale prontamente comunicou a situação aos órgãos competentes e, em conjunto com a Agência Nacional de Mineração (ANM) e uma empresa de auditoria técnica independente, desenvolveu um plano de ação. Todos os instrumentos de monitoramento instalados na estrutura não indicaram alterações em suas condições.
É importante ressaltar que a barragem Forquilha III faz parte do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante da Vale. O protocolo de emergência em nível 3 foi ativado em 2019, quando ocorreu a evacuação da Zona de Autossalvamento (ZAS), que permanece desocupada.
A Vale reiterou seu compromisso com a segurança de suas barragens, operações, funcionários e comunidades circunvizinhas, garantindo uma atuação transparente. A empresa continuará acompanhando de perto o desempenho de segurança da barragem Forquilha III e implementará ações necessárias para garantir sua estabilidade até a finalização do processo de descaracterização.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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