Exposição “Walter Firmo Conjugado” chega ao Museu da Inconfidência em Ouro Preto

Um dos maiores fotógrafos da história do Brasil chega à Ouro Preto com a exposição “Walter Firmo Conjugado”. Conhecido por captar com unicidade a as cores da cultura afro-brasileira, nesta exposição ele se mostra repaginado, trazendo parte de seu repertório em preto e branco, mas com o olhar que o torna artista de uma geração. De 22 a 28 de julho, moradores e turistas podem celebrar de forma gratuita o talento de Firmo.

A exposição é uma realização do Instituto Rouanet, que tem sede na cidade de Tiradentes, e tem como objetivo valorizar e impulsionar a cultura, história e as transformações históricas brasileiras.

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No texto de curadoria, o artista destaca que ao receber o convite para expor no Instituto Rouanet em Tiradentes, decidiu usar essa oportunidade para repensar seu trabalho. Firmo é amplamente conhecido pelo uso vibrante de cores em suas fotografias, mas para esta exposição, ele optou por uma abordagem em preto e branco, o que representa uma revisão e questionamento de sua própria trajetória artística.

Exposição "Walter Firmo Conjugado" chega ao Museu da Inconfidência em Ouro Preto
Foto: Walter Firmo

Ele fala sobre sua identificação com a classe social dos oprimidos, distinta da classe dominante que oprime e escraviza. A fotografia, para Firmo, é uma ferramenta poderosa para exaltar a comunidade suburbana e operária, revelando sua resiliência e força. Ele descreve essas pessoas como uma “confraria suburbana” composta por indivíduos religiosos e profanos que celebram a vida nas festas populares. Firmo elogia a força mental dessas pessoas, que mantém sua dignidade e personalidade indomável, mesmo diante das adversidades.

Firmo se identifica profundamente com essa confraria e exalta sua simplicidade e dignidade através do preto e branco, capturando suas virtudes como uma forma de defesa legítima. Ele concorda com a ideia de que as forças que fazem uma nação emanam do interior para o litoral, e não o contrário. Firmo destaca a grandeza e o caráter envolvente da cultura dessas pessoas, incluindo suas danças e forças que governam seus destinos. Citando o escritor Euclides da Cunha, Firmo reforça a ideia de que o sertanejo é forte e resiliente, forjado na adversidade.

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