Em evento partidário, Zé Leandro se apresenta como pré-candidato a prefeito de Ouro Preto

Na tarde de ontem (26), no Ouro Preto Tênis Clube (OPTC), aconteceu uma reunião partidária do PL, em que o ex-prefeito Zé Leandro (PSDB) falou pela primeira vez como pré-candidato à prefeitura de Ouro Preto. Com a presença de correligionários de outros cinco partidos, o evento também apresentou os nomes dos pré-candidatos à vereança pela coligação.

A tarde domingo nublada viu um OPTC cheio de pessoas, que mesmo sem o nome de “Lançamento de Pré-campanha”, conforme antecipado por Léo Feijoada, aguardavam o discurso do político que já governou Villa Rica por três ocasiões. Em sua fala, ele criticou a atual gestão, afirmando que existem gastos exorbitantes e prometeu tirar a Saneouro como a primeira ação de seu mandato.

Zé Leandro justifica sua candidatura dizendo que, mesmo aos 80 anos, sente-se obrigado a atender ao clamor do povo de Ouro Preto, que está insatisfeito com a gestão atual. Ele usa a metáfora de um “bode fedorento” para criticar a Saneouro, problema que segundo ele foi deixado por um ex-prefeito e não resolvido pelo atual, prometendo resolver essa questão imediatamente.

Em evento partidário, Zé Leandro se apresenta como pré-candidato a prefeito — Foto: Igor Varejano

Zé Leandro se apresenta como alguém que não usa palavras vazias, critica a falta de ação de outros candidatos em relação ao saneamento e afirma ser o único capaz de resolver os problemas da cidade.

A reunião contou com a presença de diversos ex-vereadores da cidade, além do deputado federal Lincoln Portela (PL). Os partidos que estão com Zé Leandro são: PSDB, PL, MOBILIZA, CIDADANIA, NOVO e DEMOCRACIA CRISTÃ.

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ENTREVISTA DO EX-PREFEITO DE OURO PRETO ZÉ LEANDRO AO JORNAL GALILÉ

Entrevista ao Jornal Galilé

Jornal Galilé: Zé, o lançamento de pré-campanha é algo que você já experimentou antes muitas vezes. Como está se sentindo neste momento?

Zé Leandro: Cada campanha é uma campanha, cada eleição é uma eleição, todas são diferentes umas das outras, né?Essa tem razões específicas muito caras ao nosso povo de Ouro Preto.

Jornal Galilé: Você se coloca do outro lado, né, do governo que está agora em vigência. Que tipo de ponto de mudança você acha que é fundamental para pensar os próximos anos de Ouro Preto?

Zé Leandro: Levar o povo de Ouro Preto a sério, porque até aqui não está sendo levado. Levar a sério como o povo de Ouro Preto merece. Eu acho que o governo liga pouco para as pessoas, não dá muito valor a nós, os de Ouro Preto, naquilo que lhes é mais caro, né? Saúde, por exemplo, está muito ruim. Pensa-se que está boa, mas nós estamos na região com a pior saúde dos municípios. Nós somos piores do que Ouro Branco, piores do que Mariana, muito piores do que Itabirito. Muitas pessoas ficam na UPA, por exemplo, quatro, cinco dias aguardando vagas. Isso é um horror. Não existe isso. Eu fiz o hospital para o povo de Ouro Preto, não foi para o povo morrer na UPA, não. Isso é triste, lamentável. Obras e serviços que o prefeito tem feito até aqui são terríveis. Não encosta, encosta e choveu, caiu de novo. A encosta ali do Morro da Forca caiu. Quatro anos para resolver, não existe isso. E, além disso tudo, saneamento virou um bode na sala de todo mundo. Saneouro é o grande problema de Ouro Preto hoje. Vamos mandar ela embora imediatamente da mesma forma que foi contratada. Uma assinatura só para contratar é uma assinatura só para mandar embora. Não tem nada de difícil. Indeniza o que ela fez e pronto, vai embora. Assim, não é? Colocar esse bode aí na sala do povo de Ouro Preto. Um colocou e o outro deixou ficar, e esse fedor horrível dentro de casa para mim. Isso é um fedor, entendeu? Você acha que essa vai ser de novo a pauta das eleições? De novo? É a primeira, primeiro eu falo isso para você, porque eu fiz 70% da água que corre nos canos deste município, fui eu que fiz. 70%. Eu sei quanto custa, eu sei porque querem enfrentar o problema. Porque problema de água e esgoto é um problema que todo dia dá problema, que todo dia tem que resolver, que é um problema difícil, que é um problema caro, que o prefeito tem que estar envolvido, que o prefeito tem que querer resolver. É o prefeito, sim. Não é, e nós vimos aí, os dois últimos prefeitos entregaram isso de graça para uma empresa que virou o grande problema nosso hoje. É a emergência, e esse problema é emergencial, é o primeiro que eu vou atacar, o primeiro que eu vou resolver.

Jornal Galilé: É uma eleição que a gente está comentando que é de uma certa forma especial, porque ela tem três ex-prefeitos já anunciados com pré-campanha, um ex-prefeito de Mariana que também anunciou pré-candidatura, e também o Du do Veloso, que também já foi secretário do governo do senhor. Inclusive, é uma campanha que vai ser como você imagina, vai ser pesada? Como vão ser os próximos meses?

Zé Leandro: Olha, eu não tenho certeza de como vai ser. Eu sei que vai ser uma campanha diferente das outras, evidentemente. Acho que vai ser uma campanha de custo variável, de peso variável, dependendo do volume necessário. Eu ainda nem fiz esse levantamento, não tenho esse levantamento. Minhas campanhas sempre foram muito baratas, porque minhas campanhas eu sempre fiz custeadas com meu dinheiro, e fiz isso sempre com muito prazer, com muito bem regrada. Então, eu não tenho preocupação muito com valor de campanha, não. Barateia a campanha na medida em que o povo esteja ou não esteja com você. Se estiver com você, a campanha tende a ser mais barata. Se o povo estiver contra, normalmente se gasta mais para se tentar convencer. Não é o meu caso, eu nunca faço campanha cara. Eu nunca tenho esse dinheiro, viu?

Jornal Galilé: Mas entre os candidatos, você acha que vai ser um ambiente cortês ou imagina que será uma troca de ataques?

Zé Leandro: Deve ser. Deve ser, porque somos todos, até aqui, experientes. Então eu acho que o ambiente vai ser muito bom. Não tenho preocupação de nada.

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