Acordo de Mariana deve chegar à R$167 bi, diz Ministro

Rompimento da Barragem do Fundão em Mariana - Fundação Renova

Segundo Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, a repactuação do acordo com as mineradoras, Vale e BHP Billiton, no caso do rompimento da barragem de Mariana, chegará ao valor de R$167 bilhões, R$116 bilhões em dinheiro novo. 

“Isso seria o mínimo para poder reparar. Há impactos permanentes, e tem questões ali que dinheiro nenhum no mundo vai conseguir mudar”, ressalta Silveira.

O acordo, além dos mais de R$100 bilhões a serem pago, R$37 bilhões já foram gastos nos projetos que estão sendo executados desde do rompimento da barragem de Fundão em 2015, e R$14 bilhões ainda seriam gastos em projetos em andamento, como a construção do reassentamento de Paracatu, onde morarão os atingidos Paracatu de Baixo, e Novo Bento, para os moradores do antigo Bento Rodrigues, distritos de Mariana.

O Ministro destacou que os valores antigos eram inadequados para reparar os danos ambientais, sociais e pessoais. No primeiro acordo as mineradoras pagariam apenas R$ 49 bilhões.

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Ainda não se sabe quando nem como será o pagamento, Silveira diz que “se dependesse de mim, paga à vista”, e informa que estes termos serão discutidos com as mineradoras e que ainda não há prazo para data, mas almeja anunciar o acordo em Outubro.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que o dinheiro seja gasto com política de estado e não de governo. O planalto vê que esta é a melhor forma de realmente reparar os danos causados pela tragédia-crime. “Governos passam, mas a reparação dos danos é necessária, independente dos governos. Estamos discutindo a governança e a melhor aplicação desses recursos”, declara o Ministro.

O chefe da pasta diz que o acordo não seguirá os moldes de Brumadinho, fechado em 2021, com o valor de R$37,68 bilhões, que enfrentou diversas críticas. Ao mesmo tempo que deixou as vítimas de Brumadinho desassistidas, beneficiou cidades distantes da área afetada.

Uma semelhança com o acordo de 2021, é o fim da Fundação Renova, que gerenciava os projetos de reparação. Um ponto chave que difere, é que no acordo de Mariana as indenizações terão valores garantidos, ao invés de serem definidos individualmente.

Além dos detalhes sobre o acordo, o ministro teceu críticas ao Governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), que disse em declaração que o Estado de Minas Gerais foi “açoitado” pelo acordo feito pelo Governo Federal.

Com informações de Valor Econômico e Migalhas

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