Resumo do primeiro debate dos candidatos à Prefeitura de Ouro Preto

Na última terça-feira (17), aconteceu o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Ouro Preto, realizado no CEAD – Centro de Ensino à distância da UFOP, com organização da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Ouro Preto). Os quatro concorrentes ao cargo puderam fazer perguntas entre si, bem como responder questionamentos dos membros da OAB.

O debate entre os candidatos à prefeitura de Ouro Preto foi dividido em quatro blocos. No primeiro bloco, as perguntas seguiram temas sorteados pela comissão, com cada candidato fazendo questionamentos aos outros. No segundo bloco, as perguntas foram livres, e o candidato que respondia era o próximo a perguntar, sem poder escolher quem o questionou.

Confira o debate completo.

No terceiro bloco, a Comissão Eleitoral da OAB/MG sorteou oito perguntas para serem respondidas pelos candidatos, sem réplica ou tréplica. No quarto e último bloco, os candidatos tiveram três minutos cada para suas considerações finais. Intervalos de três minutos ocorreram entre os blocos, e a Comissão Eleitoral também ficou responsável por resolver possíveis pedidos de direito de resposta, que precisavam ser feitos imediatamente após a fala considerada ofensiva.

Ao jornal Geraes, o presidente da OAB, Robson Figueiredo destacou o problema técnico com o som no início do debate, contudo, apesar desse contratempo, ele rapidamente tranquiliza sobre a solução, ele fez uma avaliação positiva do debate.

“O debate ocorreu dentro da normalidade, todos puderam participar e atenderam ao convite da OAB, apresentando suas propostas. Acredito que isso atendeu ao objetivo do debate, que era mostrar à população quais são as propostas de cada candidato”, disse Robson ao Geraes.

O resumo do primeiro debate dos candidatos à Prefeitura de Ouro Preto

O clima geral entre os candidatos foi acalorado, em especial entre Angelo Oswaldo (PV), Duarte Júnior (Republicanos) e Du Evangelista (PSOL). Ao todo, foram sete pedidos de resposta deferidos e outros indeferidos.

No primeiro bloco, perguntas seguiram temas sorteados. Du Evangelista e Angelo protagonizaram o primeiro embate ao falar sobre a gestão da concessionária Saneouro. Duarte criticou Du Evangelista, apontando problemas de credenciamento em eventos da cidade, enquanto Angelo e Mazinho discutiram o desenvolvimento social.

No segundo bloco, o tom acirrou. Angelo questionou Duarte, chamado de “Du de Mariana”, por sua candidatura em Ouro Preto. Surgiram os primeiros direitos de resposta para ambos. Em outra rodada, Du Evangelista criticou Angelo e Duarte, colocando-os como aliados políticos, e Mazinho trouxe à tona o futuro pós-mineração em sua pergunta à Angelo.

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O terceiro bloco teve perguntas sorteadas pela Comissão Eleitoral da OAB/MG, com duas rodadas de perguntas que tratam de temas sensíveis à população de Ouro Preto:

Primeira rodada:

Mazinho respondeu a uma pergunta sobre moradias em áreas de risco nos morros de Ouro Preto. Ele destacou as características geográficas únicas da cidade, afirmando que é necessário um projeto de segurança habitacional específico para esses locais, dada a complexidade do terreno.
Du Evangelista foi questionado sobre o uso de tecnologia no município. Ele citou parcerias já em andamento com instituições como a UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e o IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais). Du também mencionou a importância de ampliar a integração entre a sede e os distritos por meio de soluções tecnológicas.
Angelo respondeu sobre pobreza e desigualdade social. Ele apontou os trabalhos da Secretaria de Desenvolvimento Social e Econômico, focando em ações que diversificam a economia como forma de combater a pobreza. Angelo defendeu que o caminho para superar a pobreza está em investir no desenvolvimento econômico, aliando com o trabalho do desenvolvimento social em Ouro Preto.
Duarte foi indagado sobre saúde e aproveitou para criticar duramente o estado atual dos serviços de saúde no município. Ele destacou problemas de atendimento e propôs a implantação da telemedicina em Ouro Preto como solução para ampliar o acesso da população aos cuidados de saúde, especialmente em áreas mais distantes, como o distrito de Antônio Pereira.

Segunda rodada:

Mazinho respondeu a Duarte, mesmo sendo perguntado sobre habitação, e acabou desviando o tema para falar de saúde e de seu amor por Ouro Preto, defendendo que uma gestão mais sensível e comprometida com a cidade é o caminho para superar as dificuldades.
Du Evangelista foi questionado sobre a população de rua. Ele defendeu um programa de cadastramento e acolhimento dessa população, criticando as ações do atual governo nesse sentido. Reafirmou seu vínculo com a cidade ao lembrar que nasceu em Ouro Preto e, por isso, conhece bem os desafios.
Angelo respondeu sobre o saneamento e a questão da água, abordando a polêmica em torno da concessionária Saneouro. Ele afirmou que as administrações anteriores trouxeram a empresa para a cidade e que, embora tenha tentado encerrar o contrato, isso não foi possível. Por isso, afirmou estar “domando a fera”, referindo-se à empresa, por meio de subsídios e tarifas sociais para reduzir o impacto sobre a população

No bloco final, os candidatos tiveram espaço para suas considerações finais, com novos direitos de resposta acionados. Angelo, Du Evangelista e Duarte aproveitaram suas falas para reforçar críticas e se defender das acusações feitas ao longo do debate.

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