O artista urbano Bruno Miné, de 30 anos, relatou ter sido abordado por um fiscal da Prefeitura de Mariana no último sábado (14), acusado de praticar “crime ambiental” ao instalar um varal de xilogravuras na Praça Gomes Freire (Jardim) no Centro Histórico do município. A intervenção gerou repercussão nas redes sociais e entre moradores.
O caso foi compartilhado pelo artista no Instagram. Segundo Bruno, que trabalha com arte de rua há cerca de três anos, esta foi a primeira vez que foi interpelado por autoridades municipais sob acusação de descumprir o Código de Posturas. Ele afirma que sempre monta e desmonta o varal sem causar danos ao espaço público.
“Minha intenção era somente expor um varal de corda com artes em xilogravura. Em minha prática é habitual montar e desmontar o varal sem deixar vestígios”, escreveu o artista. Em outro comentário, completou: “Eu não acreditei quando o fiscal me disse que a prática era tipificada como crime ambiental, isso é de uma falta de proporção sem tamanho”.
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Em seu comentário nas redes sociais, Bruno também afirmou desconhecer a norma vigente, aprovada pela Câmara Municipal em 2022, que embasaria a atuação da fiscalização. “Infelizmente a lei está colocando a fiscalização atrás de quem quer e precisa trabalhar e precisa do espaço público pra ter o trabalho visto”, disse.
A xilogravura é uma técnica de impressão tradicionalmente associada à literatura de cordel e considerada parte da cultura popular brasileira. O artista criticou o que considera uma incoerência: “Me soa incoerente defender patrimônio histórico se o patrimônio vivo não pode usufruir do espaço”.
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