Crime de Mariana: pesquisadores comprovam perda de biodiversidade e danos irreversíveis

Desastre de Mariana: pesquisadores comprovam perda de biodiversidade e danos irreversíveis

Após mais de nove anos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comprovaram que parte dos danos causados pela lama com rejeitos de mineração são irreversíveis. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal G1, houve uma redução de até 50% no número de tipos de árvores adultas nas áreas impactadas pelo minério.

O estudo, publicado na revista Anthropocene, da Universidade de Quebec, no Canadá, revela ainda que também houve uma queda de 60% de mudas nas áreas de mata ciliar do Rio Doce, haja vista que, após o colapso em Bento Rodrigues, mais de 43 milhões de metros cúbicos de minério se espalhou pela Bacia, contaminando diversas cidades e chegando até o oceano Atlântico, através do Espírito Santo.

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“Não apenas diminui o número de espécies mas também diminui a capacidade dessa área em resistir às mudanças climáticas e a espécies invasoras. Esse é um problema enorme em todo o funcionamento do bioma, porque muda a estrutura da vegetação. E além disso, muda o comportamento dos animais que dependem dessas plantas para sobrevivência”, explicou o pesquisador responsável pelo estudo, Geraldo Fernandes.

Além de impactar diretamente no volume de árvores, o rejeito ainda causou  modificação na composição e na diversidade de espécies vegetais. Os pesquisadores analisaram 30 pontos da mata em 12 municípios.

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