Morte de égua vítima de maus-tratos gera comoção em Ouro Preto

A morte de uma égua, resgatada em situação de maus-tratos em Ouro Preto, gerou forte comoção nas redes sociais e reacendeu debates sobre a proteção de animais de grande porte no município. Brisa, como o animal foi chamado após o resgate, não resistiu aos ferimentos e morreu mesmo após receber cuidados intensivos.

Segundo relatos publicados por voluntários, a égua foi encontrada debilitada, desnutrida e com sinais de abandono. Ela foi acolhida pelo Instituto Habitat, organização que atua no resgate e tratamento de animais na região. Apesar dos esforços da equipe, Brisa não conseguiu se recuperar.

A publicação sobre sua morte emocionou internautas e moradores da cidade. Mensagens de luto e indignação circularam apontando que, quando finalmente recebeu carinho e cuidado, já era tarde. A situação levantou questionamentos sobre o uso e exploração de cavalos para trabalho e transporte, ainda comum em algumas localidades.

Grupos de proteção animal e moradores cobraram que o responsável seja identificado e responsabilizado. De acordo com a legislação brasileira, maus-tratos a animais é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais, com possibilidade de multa e detenção.

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“Esperamos que o culpado seja penalizado. Chega de impunidade”, diz um trecho da publicação no Instagram da ONG IDDA sobre a morte do animal. Moradores também pedem maior fiscalização e políticas públicas que garantam atendimento veterinário emergencial e controle de tração animal na cidade.

Até o momento, não há informações oficiais sobre a identificação do tutor ou responsável pela situação em que Brisa foi encontrada. A prefeitura ainda não se pronunciou sobre o caso.

Organizações de proteção animal afirmam que pretendem formalizar denúncias e reforçam que qualquer pessoa pode registrar ocorrência de maus-tratos por meio da Polícia Militar, Ministério Público ou canais municipais de fiscalização.

Brisa foi sepultada no fim de semana. Para os voluntários que acompanharam sua breve recuperação, a égua, apesar do sofrimento, morreu recebendo cuidado e afeto — algo que, segundo eles, lhe havia sido negado durante grande parte da vida.

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Hynara Versiani

Graduanda em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e O Mundo dos Inconfidentes.

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