Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia no Governo Federal, revelou que o Acordo de Mariana pode chegar a R$ 167 bilhões. As negociações com as mineradoras Vale, BHP e Samarco pela reparação da tragédia-crime na barragem de Fundão, em 2015, se arrastaram pelos últimos anos e estão perto de um desfecho.
Desse montante total, cerca de R$ 100 bilhões devem ser dinheiro novo que serão repassados diretamente aos governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Em entrevista ao site Poder 360, Alexandre Silveira, que é de Minas Gerais, destacou a proximidade do acordo e ponderou que o Acordo de Mariana pode ser o maior do planeta em todos os tempos para reparação de danos ambientais.
“Tenho convicção que estamos muito próximos de fechar o Acordo de Mariana. Quero crer que não tem chances de passar deste ano, a não ser que aconteça alguma questão que independe do governo federal. Por parte do governo, os avanços foram muito rápidos. Faremos o maior acordo da história do planeta em benefício à reparação dos danos ambientais”, avaliou.
Como esses R$ 167 bilhões do Acordo de Mariana devem ser distribuídos, segundo Alexandre Silveira
- R$ 100 bilhões – repasses diretos para União, Estados e municípios;
- R$ 30 bilhões – obras que ainda serão realizadas diretamente pelas empresas;
- R$ 37 bilhões – montante já desembolsado pelas empresas desde o desastre, que engloba indenizações a vítimas e impactados e reconstrução de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, distritos de Mariana.
Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que o novo acordo de reparação será assinado em outubro. As negociações foram paralisadas no fim de 2022, com o término da gestão de Jair Bolsonaro, e retomadas no início do ano seguinte, após a posse de Lula.
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