Atingidos bloqueiam ferrovia por reparações da Vale

As manifestações de atingidos pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, ocorrido em 2019, chegaram ao terceiro dia nesta quinta-feira (30). Além do bloqueio iniciado em Mário Campos, outro ponto da via férrea da MRS Logística foi paralisado no município de Brumadinho.

O protesto, organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), reúne moradores de Brumadinho, Mário Campos, Betim, Juatuba, Igarapé e Bicas. Os participantes reivindicam o pagamento do auxílio financeiro emergencial, a manutenção da Assessoria Técnica Independente (ATI) Aedas nessas localidades, e a participação direta nos projetos previstos no Anexo I.1 do acordo de reparação.

Entre as principais pautas, os manifestantes também pedem que sejam garantidas condições dignas de participação nos conselhos de gestão dos projetos e o pagamento de diárias a conselheiros e conselheiras durante as atividades.

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A linha férrea ocupada faz parte do ramal logístico Paraopeba, utilizado por diferentes mineradoras, incluindo a Vale, responsável pela barragem que se rompeu há quase sete anos, deixando 272 mortos e afetando a bacia do rio Paraopeba e a represa de Três Marias.

Segundo os organizadores, as manifestações também buscam abrir diálogo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG). Até o momento, segundo o movimento, não houve resposta a pedidos de reunião.

Moradores da região têm colaborado com o ato, segundo relatos, por meio de doações de alimentos e água aos participantes. Os atingidos afirmam que a paralisação será mantida até que representantes da Vale, do MPMG, do MPF e da DPMG se manifestem sobre as reivindicações.

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