Deputado critica Zema e Elon Musk após compra de terreno em Minas

A aquisição de um terreno no Vale do Jequitinhonha, na região nordeste de Minas Gerais, pelo empresário Elon Musk motivou críticas por parte do deputado estadual Leleco Pimentel (PT), de Ouro Preto, que se estenderam também ao governador Romeu Zema (Novo). Em vídeo publicado nas redes sociais, Pimentel questionou os impactos da operação e relacionou a compra à política de incentivo a investidores estrangeiros promovida pelo governo estadual.

“É a grande denúncia que hoje nos jornais estampada mostra que o que Zema foi fazer quando colocou naquele container o lítio, era falar para Elon Musk ou para aqueles do capital internacional de que tudo aqui está à venda, inclusive o lítio”, afirmou o parlamentar.

A manifestação ocorre após anúncio da aquisição de terras na região pelo bilionário fundador da Tesla e da SpaceX. O local abriga uma das maiores reservas de lítio do mundo, mineral classificado como estratégico para a produção de baterias de veículos elétricos e outras tecnologias ligadas à transição energética.

Na publicação em que comenta sobre a compra do terreno em Minas por Elon Musk, Leleco escreveu: “Lítio (Ouro Branco) para quem, Zema? E para quem, Musk?”, mencionando a precariedade de serviços públicos em Minas Gerais e relacionando a operação à política fiscal do governo estadual.

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A região do Vale do Jequitinhonha tem atraído atenção internacional devido à sua relevância na cadeia global do lítio, também chamado de “ouro branco”. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a demanda pelo mineral pode crescer até 40 vezes até 2040.

A chegada de investidores estrangeiros à região está inserida em um movimento de reposicionamento da cadeia global de suprimentos. O Brasil, que já figura entre os maiores produtores do mineral, passou a ser considerado um destino estratégico, principalmente pela localização geográfica e pelas condições logísticas favoráveis.

No entanto, a expansão da atividade gera discussões em torno da regulação, dos impactos socioambientais e da distribuição dos benefícios econômicos. A extração de lítio, segundo especialistas, exige planejamento e mecanismos de participação social para assegurar que os ganhos com a atividade resultem em desenvolvimento sustentável para as comunidades locais.

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