Greve do Iphan completa um mês nesta quarta

A greve dos servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) completa um mês nesta quarta-feira, 29 de maio. Desde o início da paralisação, iniciada em 29 de abril, trabalhadores de escritórios em diversas regiões do país, inclusive em Mariana, têm denunciado a precariedade das condições de trabalho como principal motivo do movimento.

No Escritório Técnico do Iphan em Mariana (ETM-Iphan), apenas um servidor é responsável por analisar todos os processos relacionados ao patrimônio cultural da cidade, considerada um dos principais símbolos históricos do Brasil. A sobrecarga, somada à ausência de estrutura adequada — como espaços físicos em boas condições, iluminação eficiente, banheiros utilizáveis e equipamentos básicos de trabalho — levou os servidores à decisão de interromper as atividades.

No comunicado de greve, os servidores relatam que sempre se dedicaram com empenho à missão de preservar e proteger o patrimônio cultural brasileiro. No entanto, afirmam que, sem melhorias urgentes, torna-se inviável manter a qualidade dos serviços prestados. A greve, embora reconhecidamente prejudicial a curto prazo, é vista como uma medida necessária para garantir a continuidade do trabalho de preservação no futuro.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras e o atendimento de demandas específicas dos órgãos vinculados ao Ministério da Cultura. Eles também cobram maior valorização profissional, com a contratação de novos servidores para suprir a defasagem nas equipes.

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A paralisação no Iphan ocorre em meio a um contexto de mobilização nacional de servidores da cultura, que reclamam do abandono das políticas públicas voltadas ao setor. Os grevistas esperam que o governo federal abra negociações e apresente soluções concretas para os problemas enfrentados pelos órgãos de preservação.

Enquanto isso, diversos projetos e análises de intervenções em bens tombados seguem paralisados, o que pode impactar diretamente obras, eventos culturais e a manutenção do patrimônio em municípios como Mariana. Não há, até o momento, previsão de encerramento da greve.

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