Na 12ª Reunião Ordinária da Câmara de Ouro Preto, realizada nesta terça-feira (11), vereadores expressaram preocupações sobre a falta de transparência na duplicação da BR-356. Durante a sessão, foi apresentada a Representação 46/2025, do vereador Matheus Pacheco (PV), solicitando à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o envio das atas das audiências públicas já realizadas.
O pedido visa garantir que as manifestações da população sejam devidamente registradas e consideradas. Parlamentares criticaram a condução da audiência pública promovida pelo governo estadual em Cachoeira do Campo, no dia 6 de janeiro, apontando a ausência de informações detalhadas sobre a obra.
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O vereador Matheus Pacheco ressaltou a necessidade de esclarecer o propósito das audiências públicas. “Elas servem para apresentar à população o que será feito ou para convencer o governo de Minas a assumir a intervenção? Não ficou claro”, afirmou. Ele também questionou a falta de um projeto técnico, destacando que apenas prints do Google Maps foram apresentados. “Como ficam os comércios e acessos dos bairros afetados? Essas respostas não foram dadas”, completou.

Outro ponto de controvérsia foi o uso de recursos da repactuação do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, para financiar a obra. O vereador Wanderley Kuruzu (PT) criticou a decisão. “Esse dinheiro deveria beneficiar as comunidades atingidas, mas está sendo direcionado para favorecer mineradoras”, declarou. Além disso, alertou para a possibilidade de cobrança de pedágio antes da finalização da obra. “Querem usar o pedágio e a repactuação para financiar a duplicação. Isso é um presente de grego”, criticou.
O vereador Naercio Ferreira (PSD) também expressou sua insatisfação com a audiência, classificando-a como “para inglês ver”. Segundo ele, a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (SEINFRA) não trouxe informações concretas sobre a obra. “Eles não dão informações claras. A intenção é ‘pedagiar’ a rodovia sem garantir os investimentos necessários para nossa região”, afirmou.
Já o presidente da Câmara, vereador Vantuir Silva (Avante), reforçou a importância de obter mais informações, mas defendeu a necessidade da obra. “Devemos proteger nosso município, mas também reconhecer que a duplicação beneficiará toda a região. No entanto, a transparência é fundamental, pois se os governos federal e estadual não assumirem os custos, a conta ficará para a população”, alertou.
Os vereadores aguardam um retorno da ALMG sobre a documentação solicitada e reforçam a necessidade de novas audiências públicas com mais clareza sobre os impactos e o projeto da obra.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
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