Duarte e Leleco divergem sobre concessão da BR-356

Duarte e Leleco divergem sobre concessão da BR-356

A concessão da BR-356 continua gerando intensos debates entre autoridades locais, moradores e lideranças políticas, incluindo o deputado estadual Leleco Pimentel (PT) e o ex-deputado federal e ex-prefeito de Mariana, Duarte Júnior (Republicanos). A questão central gira em torno do projeto de duplicação e da possível cobrança de pedágio, o que divide opiniões e levanta questionamentos sobre a responsabilidade do financiamento da obra.

Na última semana, o tema foi discutido em audiência realizada no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto. Após o evento, Leleco Pimentel e Duarte Júnior que têm visões divergentes sobre a concessão da rodovia, apresentaram suas opiniões sobre a duplicação da BR-356 nas redes sociais.

Duarte Júnior defende a obra e critica a falta de investimentos federais

Em vídeo publicado no Instagram, Duarte Júnior enfatizou a necessidade de ampliação da BR-356 para garantir mais segurança e fluidez no trânsito. Ele destacou que o governo estadual destinou R$ 2 bilhões provenientes do acordo de repactuação da tragédia de Mariana para a realização das obras, enquanto o governo federal, que recebeu cerca de R$ 49 bilhões, não tem feito investimentos na região.

Duarte também alertou que a suspensão do processo de concessão poderia comprometer a execução das obras e manter a rodovia em condições precárias.

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Leleco Pimentel defende retirada da BR-356 do pacote estadual

Contradizendo Duarte, Leleco Pimentel se posicionou contra a inclusão da BR-356 no pacote de concessão estadual, alegando que o Governo Federal já possui planos para intervenção no trecho entre Nova Lima e Mariana. O deputado solicitou um estudo técnico para avaliar a viabilidade da retirada da BR-356 do projeto estadual e defendeu que as decisões sejam tomadas com ampla participação da população.

“Queremos garantir segurança e melhorias na rodovia, mas sem imposição de pedágios. O governo Lula se comprometeu com investimentos em infraestrutura, e não aceitaremos que o Governo do Estado utilize a concessão como um instrumento de arrecadação sem consultar os municípios e os moradores da região”, declarou Pimentel.

O deputado também reforçou que há preocupação quanto aos impactos sociais e ambientais do projeto, incluindo eventuais desapropriações e mudanças no tráfego das cidades cortadas pela BR-356.

População teme aumento no custo do transporte

Duarte e Leleco divergem sobre concessão da BR-356
Moradores tem o alto custo dos pedágios com a concessão da BR-356 / Foto: Reprodução

Enquanto o embate político se intensifica, moradores e usuários da rodovia manifestam preocupação com o possível aumento dos custos de transporte, caso os pedágios sejam implementados. Motoristas e trabalhadores que dependem da rodovia para deslocamento entre Ouro Preto, Mariana e Belo Horizonte temem que a tarifa impacte negativamente a economia local.

O projeto prevê uma tarifa inicial para veículos leves será de R$ 5,59 nas praças em Nova Lima, Ouro Preto, Acaiaca e Ponte Nova. Após seis anos, os trechos duplicados, os trechos duplicados terão tarifas de R$ 7,23. Porém, não há informações sobre a taxa de aumento após esse período.

Leleco X Duarte: divergências antigas

As divergências entre Duarte Júnior e Leleco Pimentel se evidenciaram durante o período eleitoral de 2024, mas já vinham se arrastando desde o início daquele ano. A rivalidade entre os dois políticos marcou o cenário político de Ouro Preto e influenciou as disputas antes do pleito vencido por Angelo Oswaldo.

O embate ficou evidente em diversas ocasiões. Leleco Pimentel, frequentemente, acusava Duarte Júnior de oportunismo político, relembrando sua atuação pós-crime ambiental de 2015 em Mariana e criticando sua relação com as mineradoras. Duarte Júnior, por sua vez, sempre rebatia as críticas, alegando que sua atuação era legítima e benéfica para a população.

Além disso, a-candidatura de Duarte à Prefeitura de Ouro Preto gerou ainda mais atritos, principalmente quando Leleco o acusou de “trair” Angelo Oswaldo ao articular uma chapa contrária ao grupo político do então prefeito. A polêmica envolveu declarações fortes de ambos os lados, com Leleco afirmando que Duarte teria “apunhalado” Angelo e Duarte rebatendo, destacando sua popularidade na cidade e sua vontade de contribuir para o desenvolvimento de Ouro Preto.

As trocas de farpas entre os dois se intensificaram ao longo de 2024, com debates sobre privatização da água, política energética e até mesmo a atuação de Duarte e seu irmão, Juliano Duarte, em Mariana e Ouro Preto. No entanto, com o desfecho das eleições municipais, que resultaram na vitória de Angelo Oswaldo, a disputa entre os dois perdeu força nos meses seguintes.

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