Angelo Oswaldo destaca ações do governo em Sabatina com Rádio Real e Jornal Geraes

Angelo Oswaldo destaca ações do governo em Sabatina com Rádio Real e Jornal Geraes

O prefeito de Ouro Preto Angelo Oswaldo (PV), candidato à reeleição, esteve hoje (01) na Rádio Real, para participar da sabatina da emissora em conjunto com o Jornal Geraes. Por mais de uma hora, o chefe do executivo municipal abordou temas como a redução da tarifa de água, obras estruturantes e outras ações dos últimos quatro anos de governo.

Oswaldo fez questão de fazer um apanhado dos últimos quatro anos de governo, destacando o caráter atípico dos primeiros momentos, com a pandemia e valorizando os dois anos finais, como foco das realizações do mandato.

O FORMATO DA SABATINA DE ANGELO OSWALDO

A sabatina seguiu um formato padronizado, garantindo igualdade de espaço e tempo para todos os candidatos. Questões importantes para o futuro da cidade, como a preservação do patrimônio histórico e o abastecimento de água, um problema crítico para Ouro Preto, foram abordadas.

Ao final, o formato da sabatina permitiu que jornalistas fizessem perguntas adicionais. Angelo teve dois minutos para responder a cada uma delas, utilizando o tempo de forma estratégica para detalhar suas ações de governo e promessas para os próximos anos. O encontro durou cerca de 70 minutos, com foco no futuro e na continuidade dos trabalhos que o prefeito vem conduzindo.

VEJA A ENTREVISTA COMPLETA ABAIXO

Angelo Oswaldo respondeu todas as perguntas dos jornalistas.

Abaixo, trazemos as transcrições das respostas de Angelo Oswaldo às perguntas padronizadas, que serão disponibilizadas em detalhes em reportagens individuais, publicadas logo após cada sabatina.

Leia também:

AS RESPOSTAS DE ANGELO OSWALDO SOBRE AS QUESTÕES DE OURO PRETO:

Pergunta da Rádio Real/Geraes: COMO RESOLVER O PROBLEMA DA ÁGUA EM OURO PRETO?

Resposta de Angelo Oswaldo: “Bom, o prefeito anterior entregou de mão beijada. Porque não houve uma outorga onerosa, houve uma outorga gratuita. Quer dizer: ele deu todo o sistema de água do SEMAE para uma empresa multinacional, a Saneouro. E então nós tínhamos um compromisso de voltar com o SEMAE. Eu era a única pessoa que podia dizer isso com honestidade, com sinceridade. Eu quero de volta o SEMAE, eu me comprometo em buscar o SEMAE porque eu o criei, em janeiro de 2005, para organizar os serviços de água e esgoto em Ouro Preto. Fui buscar a experiência de Itabirito, que criou o SAE em 1979, e ele funciona muito bem até hoje. Os técnicos me ajudaram e nós implantamos o SEMAE em Ouro Preto.

Dava uma taxa mínima de R$ 8, era ela que nos permitia criar esse sistema imprescindível ao funcionamento do serviço de água e esgoto no município. Me xingaram de tudo quanto é nome, falaram que eu era ‘sem mãe’, querendo me ofender. Eu não me importei com isso. Trabalhei arduamente durante oito anos, porque fui reeleito em 2008. Durante esses oito anos, transformamos o SEMAE numa empresa viável e deixei 20 milhões em caixa para fazer o tratamento de esgoto. O prefeito José Leandro devolveu esse dinheiro ao Ministério das Cidades porque não quis fazer isso. Um médico, não quis implantar um serviço correto de água e tratamento de esgoto em Ouro Preto. O prefeito que veio depois prometeu que não ia ter Copasa em Ouro Preto, mas trouxe essa Saneouro e entregou a Saneouro escondidamente, porque ninguém percebeu, já que a Câmara não votou. Ela já tinha votado, a pedido do prefeito José Leandro, a permissão de privatização do SEMAE porque ele queria trazer uma tal de ‘Águas do Brasil’ para Ouro Preto, que felizmente não veio. Agora, veio a Saneouro.

Eu assumi um compromisso e não consegui. Praticamente cumpri todas as metas do meu programa de governo, mas não consegui tirar a Saneouro e voltar com o SEMAE. Então, o que nós temos que fazer? Reduzir a tarifa, trabalhar com objetividade, com determinação, fiscalizar. Nós criamos um órgão fiscalizador, contratamos uma agência especializada para acompanhar, fiscalizar e cobrar da Saneouro todo o compromisso que ela tem pelo contrato. Nós estamos seguindo isso, estamos alcançando essas metas e vamos reduzir a tarifa de água e esgoto. Separar água de esgoto é uma mentira, é uma falácia, é uma enganação. O candidato que disser isso está mentindo, porque pelo contrato você não pode separar água de esgoto, são irmãos gêmeos.

Tratamento de água e tratamento de esgoto não são nem gêmeos, são xifópagos. Quem fala que vai fazer a separação dos dois está mentindo descaradamente para enganar o povo de Ouro Preto. É um enganador. Todo mundo é enganador. O prefeito José Leandro falou que ia tirar como uma varinha de condão, e não tirou coisa nenhuma. Prometeu que ia tirar o esgoto. Agora, tem que tapar o nariz para falar isso porque ele não consegue tirar esse esgoto. Ele pode levar para a casa dele lá em Mariana, porque o rio já passa na porta, mas ele não vai tirar aqui em Ouro Preto, porque tem que ser pela Saneouro. Ela entra na justiça e ganha dele. Ele sabe disso. A Saneouro vai ao Ministério Público, vai à justiça, e manda ele parar de falar bobagem. O que nós temos que fazer, objetivamente, é diminuir a tarifa. Nós já diminuímos. Eu coloquei o PROCON à disposição da população de Ouro Preto.

Nós temos uma secretaria adjunta muito bem dirigida pelo jovem advogado Dr. Narciso, que está lá em cima acompanhando diretamente a Saneouro. E a Saneouro já compreendeu que, se ela está aqui, tem que estar adequada, tem que estar integrada nas demandas do povo de Ouro Preto e sob a fiscalização do município. Ela não vai fazer qualquer coisa, não vai cobrar a tarifa que quiser, porque nós agora estamos controlando isso e vamos controlar. Com subsídio e também sem subsídio, numa pressão do diálogo para que a empresa compreenda a situação. Por isso mesmo, ela já aumentou até o tarifário social. Nós temos hoje 10 mil famílias do Cadastro Único de Ouro Preto que são contempladas pela tarifa especial. A Santa Casa de Ouro Preto, o Lar São Vicente, são todos contemplados por essa tarifa especial. E, muitas vezes, uma pessoa fala: ‘Ah, minha conta é isso, minha conta é de 300.’ Então, vai olhar o que está acontecendo, se tem algum vazamento, se ainda tem outra pena d’água ligada, se tem um excesso de consumo, se houve algum problema.

E quando eu mostrei a minha conta de água, não foi para falar quanto eu pago, foi para mostrar que eu moro em Ouro Preto, que eu tenho conta de água, tenho conta de Cemig, pago IPTU em Ouro Preto. Eu moro em Ouro Preto. Eu sou cidadão ouro-pretano. Eu não estou morando em hostel, não estou ligado a uma coisa provisória para enganar o povo de Ouro Preto e dar o golpe do baú. Nós não aceitamos isso. E por isso mesmo, nós vamos fazer cada vez mais para um tratamento efetivo de água e esgoto, com uma tarifa acessível a toda a população.”

Pergunta da Rádio Real/ Geraes: OURO PRETO É UMA CIDADE SINGULAR. ALÉM DA SUA GEOGRAFIA MUITO ESPECÍFICA, AINDA POSSUI UM VASTO ACERVO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO. É UMA CIDADE MUSEU À CÉU ABERTO. CONTUDO, TAMBÉM TEM AS NECESSIDADES DE UMA CIDADE COMUM: COMO EXPANSÃO E OBRAS DE INFRAESTRUTURA. COMO CONCILIAR O POTENCIAL TURÍSTICO COM UM PROJETO DE MELHORIAS DO DIA A DIA DO OURO PRETANO? 

Resposta de Angelo Oswaldo: “Eu nunca vi uma distinção entre a cidade histórica e a cidade real. A cidade monumento é uma cidade documento e uma cidade viva. Eu sempre falei isso. É uma cidade viva, como qualquer outra, porque todas as cidades são históricas. A nossa é mais do que as outras, mas toda cidade tem a sua história. E a nossa é muito bonita, ela merece ser preservada na monumentalidade da sua paisagem, do seu espaço urbano de Ouro Preto, do nosso entorno paisagístico e natural que nós temos.

Mas nós temos que atender à nossa população e nós temos feito isso. Olha os asfaltos que temos realizado, o serviço de drenagem, o corrimão e guarda-corpo nas escadarias de Ouro Preto, a melhoria da drenagem dessas escadarias, do acesso. Nós temos investido muito na acessibilidade, na mobilidade urbana. É uma expressão que todo mundo usa hoje: mobilidade urbana. Como a gente anda na cidade? Como o pedestre pode ser valorizado? E tem muita coisa pra fazer porque encontramos pouca coisa feita. Nos últimos anos, nós demos início a isso. Quando eu alarguei os passeios da Rua São José, muita gente até me xingou. Falaram que eu estava atrapalhando o patrimônio. Que patrimônio é esse? Eu falei: os passeios da Rua São José foram feitos em 1915 para receber Sua Majestade: o automóvel. Agora, nós estamos alargando os passeios para a volta de Sua Majestade: o pedestre. Hoje nós valorizamos as pessoas. Olha ali na entrada da igreja de São Francisco de Assis, todo mundo tropeçava numa escadinha ali.

Nós pusemos uma laje de pedra. Fui buscar a maior laje que tinha para colocar ali e melhorar o acesso à igreja de São Francisco de Paula, onde todos iremos agora na sexta-feira, 4 de outubro, que é dia de São Francisco de Assis. Então é isso. É muito fundamental. A pessoa tem que conhecer para ter essa sensibilidade, saber conjugar o que é patrimônio com aquilo que é a qualidade de vida do nosso cidadão. Se a gente compatibiliza, concilia isso, atende o cidadão, atende o patrimônio. Conservamos o caráter patrimonial da nossa sociedade e damos ao cidadão, e até aos visitantes também, melhor condição de andar na cidade. É uma cidade ladeira, é muito difícil. Nós vamos ter um estacionamento grande na entrada da cidade, nós vamos ter um estacionamento do Corpo de Bombeiros. Ele está no centro de Ouro Preto, ali na antiga garagem municipal.

Vamos fazer ali um estacionamento e levar o Corpo de Bombeiros para o antigo camping. Isso já está acertado com o Corpo de Bombeiros. O terreno já foi atribuído à Secretaria de Planejamento do Estado. Demorou dois anos e meio para passar esse terreno do planejamento para o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Tá tudo assegurado. Eu tenho conversado diretamente com o Corpo de Bombeiros. As coisas demoram, mas elas saem quando a gente tem persistência, tem projeto, tem compromisso. As coisas saem.”

Pergunta da Rádio Real/ Geraes: NESTE ANO VEMOS A VEGETAÇÃO DA CIDADE QUEIMAR POR CONTA DO TEMPO SECO E AÇÕES CRIMINOSAS. TAMBÉM VIMOS O RIO GRANDE DO SUL SOFRER COM AS CHUVAS. OURO PRETO TAMBÉM VIVE MOMENTOS DE CLIMA EXTREMO. COMO PREPARAR A CIDADE PARA AS TRAGÉDIAS CLIMÁTICAS?

Resposta de Angelo Oswaldo: “Nós temos uma Defesa Civil que é exemplar. Ela já foi premiada no estado de Minas Gerais, no estado de Santa Catarina, e nacionalmente é reconhecida. Então, nós começamos aí. Nós nos preparamos, temos uma grande Defesa Civil. Ao mesmo tempo, temos as brigadas e estimulamos as brigadas. Nós criamos uma brigada em Lavras Novas que foi toda equipada. A brigada Amada de Santo Antônio do Leite também faz um trabalho espetacular. Nós temos as grandes mineradoras com brigadas e serviços próprios de combate a incêndio. Temos trabalhado muito com os parques: o Parque Estadual do Itacolomi, o Parque Municipal da Cachoeira das Andorinhas, temos a Reserva Biológica do Tripuí. Vamos criar o Parque do Ojo, já criamos o Parque do Ojo no caminho da fábrica. Então, temos procurado trabalhar intensamente pela Secretaria de Meio Ambiente com todos esses parceiros. Este ano, infelizmente, houve queimadas por toda a parte no Brasil, e isso atingiu também Ouro Preto.

E acendeu os ânimos dos piromaníacos, com pessoas que saem colocando fogo por toda parte. Tivemos que enfrentar muitos incêndios e eu quero aqui agradecer a todos os brigadistas e ao nosso Corpo de Bombeiros Militares, ao Tenente Torres, que todos se debruçaram e trabalharam intensamente, todos estiveram aí, dia e noite, combatendo determinadamente os incêndios florestais que ameaçaram muitas casas e atingiram muitas pessoas nos seus patrimônios pessoais. Como a gente via sempre nos Estados Unidos, na Califórnia, casas desaparecendo… A gente viu isso pela televisão tantas vezes e quase aconteceu em Ouro Preto, assim como em várias partes do Brasil. Então, temos que ficar cada vez mais atentos às mudanças climáticas. Olha o tempo seco.

E, felizmente, eu registro até que não faltou água em Ouro Preto, ao contrário de Mariana, que está penando lá, quatro meses sem água em vários bairros, quase todo o centro da cidade. Nós não tivemos essa falta de água porque a Saneouro trouxe muito problema, mas trouxe também uma nova consciência: a gente economiza a água com parcimônia, e a água está aí no sistema. Hoje não faltou água em Ouro Preto, eu espero que não falte. O que tem que faltar agora é uma conta moderada, que vai vir seguramente porque nós estamos trabalhando nessa direção.”

Com essa entrevista de Angelo Oswaldo, encerram-se as sabatinas da Rádio Real e Jornal Geraes, com entrevistas com todos os candidatos de Mariana e Ouro Preto, totalizando 7 entrevistas.

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