Após denúncias de racismo, estudantes da UFOP pedem criação ouvidoria racial

Após denúncias de racismo, estudantes da UFOP pedem criação de uma ouvidoria racial

Alunos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) solicitam a criação de uma ouvidoria racial para receber e apurar denúncias de racismo dentro da instituição. Segundo os discentes, a demanda surge após três casos de injúria racial ocorridos na comunidade estudantil.

O órgão, se implementado, seria o segundo da instituição para apurar casos de violência contra os estudantes. O primeiro é a Ouvidoria Feminina, que atende diretamente mulheres vítimas de assédio e violência, encaminha denúncias e promove campanhas de conscientização. O objetivo dos coletivos que reivindicam a Ouvidoria Racial é desenvolver uma estrutura semelhante para lidar com violências raciais.

Em protesto, cartazes e placas foram afixados nas dependências da UFOP, pedindo a instalação do equipamento e criticando a presença de racistas na instituição.

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Os três casos de racismo na UFOP

Na última semana, três episódios causaram indignação entre a comunidade estudantil e movimentos sociais da região. O primeiro ocorreu em uma república feminina de Mariana e foi denunciado nas redes sociais. Uma aluna de Jornalismo do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) relatou uma série de violências que sofreu no cotidiano.

Em seguida, uma estudante de História do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) denunciou uma professora por tê-la usado como exemplo de discriminação racial, usando o termo ‘macaco’ com recorrência.

O caso mais recente ocorreu no caderno de presença de uma exposição no hall do ICSA. O documento da II Exposição do Projeto Resistências e (Re)Existências foi vandalizado com a frase “Um monte de lixo pendurado”.

Posicionamento da UFOP

A Reitoria informou que já está em diálogo com as estudantes envolvidas para prestar acolhimento e apurar os fatos. No caso mais recente, os setores responsáveis foram acionados e estão tomando as providências necessárias.

Além disso, a UFOP repudiou os episódios e reafirmou seu compromisso de acolher quem denuncia tais práticas.

Em nota, a universidade declarou:

“Reafirmamos o compromisso da UFOP com a construção de uma estrutura eficiente para acolher, encaminhar e acompanhar casos de ofensa racial, bem como promover políticas e ações de prevenção, orientação e combate ao racismo. Repudiamos qualquer ato discriminatório e reiteramos nosso comprometimento com uma formação cidadã pautada pelo respeito a todas as formas de existência.”

Com informações da Agência Primaz.

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