Mariana registra sete mortes de cavalos por ração contaminada

Mariana registra sete mortes de cavalos por ração contaminada

Mariana confirmou sete mortes de cavalos intoxicados por rações da empresa Nutratta, em um dos maiores escândalos sanitários já registrados na equinocultura brasileira. Além de Mariana, outra cidade da região afetada é Diogo de Vasconcelos, onde quatro animais morreram e outros dois seguem em tratamento intensivo.

A tragédia, que já matou 645 cavalos em seis estados do país, começou a ser notificada no fim de abril, mas os casos explodiram entre maio e junho. A contaminação foi causada pela toxina monocrotalina, proveniente de plantas do gênero Crotalaria, usada acidentalmente em matérias-primas como feno e resíduo de soja. O composto é altamente hepatotóxico e neurotóxico, levando os animais a sintomas severos de agressividade, desorientação, dificuldade de locomoção e, em muitos casos, à eutanásia.

Um dos episódios mais emblemáticos ocorreu em Guarulhos (SP), onde um cavalo de elite, avaliado em R$ 2 milhões, morreu após consumir a ração Foragge Horse, da Nutratta. Ao todo, 30 animais desse plantel precisaram de atendimento emergencial, com prejuízos que já ultrapassam R$ 700 mil para apenas um criador.

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Para tentar conter o avanço da crise, o Ministério da Agricultura determinou o recolhimento de todos os produtos da Nutratta destinados a equídeos fabricados desde novembro de 2024 e proibiu a venda dessas rações no final de junho. O Mapa identificou falhas graves no processo produtivo, como a ausência de rastreabilidade e a falta de separação adequada de ingredientes.

Em nota, a empresa afirma colaborar com as investigações e diz que a contaminação pode ter ocorrido por “fatalidade natural”. Ainda assim, uma liminar judicial permitiu à Nutratta retomar parcialmente suas atividades, mas sem produzir ração para cavalos.

Enquanto isso, criadores, veterinários e centros de treinamento em todo o país seguem monitorando centenas de animais: 368 estão em tratamento intensivo e quase 200 continuam sob observação clínica. O Ministério Público de São Paulo também apura responsabilidades civis e criminais, enquanto associações de criadores organizam ações coletivas para buscar indenizações.

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