Ao subir o lado direito da Praça Tiradentes, na rua Brigadeiro Musqueira, mora há 255 anos um dos orgulhos de Ouro Preto: a Casa da Ópera. A fachada singela esconde a grandeza e a beleza de um teatro feito para receber os principais espetáculos de Minas Gerais há mais de dois séculos.
Foi num dia 6 de junho, assim como esse, mas em 1770, que João de Souza Lisboa entregou a obra. Assim como muitas construções desta época, ela representa a opulência e glória da sociedade setecentista. Contudo, ela foi a única que restou e ainda funciona como teatro. Sendo assim o mais antigo em atividade da América Latina.
Leia também:
Três pisos distintos, nos quais se distribuem platéia, camarotes, frisas e galerias, totalizam 300 lugares.
O piso de entrada dá acesso ao nobre camarote, com sofá e cadeiras austríacas, outros camarotes e escadas helicoidais em madeira que levam à galeria no último piso.


Escadas laterais de pedra levam ao primeiro piso, onde está platéia e frisas. No porão, existem ainda camarins e sala de recepção para artistas e técnicos.
Estruturas trabalhadas em ferro, pinturas descobertas em restauração recente e pequenas adaptações são intervenções posteriores à época de construção que não representam alteração significativa no espaço original.
Para celebrar essa data, haverá dois espetáculos. Nesta sexta, às 20h, ocorrerá a apresentação da dupla Gustavo Fechus e André Vitorino, com uma homenagem especial aos aos ritmos que embalam a América Latina.
Já no sábado, também às 20h, uma ode a um dos maiores poetas da língua portuguesa: Fernando Pessoa. O poeta dos heteronimos será homenageado por Luciano Luppi e Bruna Guimarães.
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias da Região dos Inconfidentes e de Minas Gerais? Então siga o Jornal Geraes nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!

Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.