O confronto entre Cruzeiro e Palmeiras, marcado para esta quarta-feira (4), às 21h30, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, será realizado com portões fechados. A decisão foi reafirmada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apesar de uma manifestação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) que garantiu condições de segurança para a presença de torcedores no Mineirão.
Segundo colocado, há três pontos do líder Botafogo Palmeiras luta pelo título nacional, enquanto o Cruzeiro tenta assegurar uma vaga na Copa Libertadores, estando há quatro pontos do Corinthians (sétimo). A situação gerou tensão ao longo do dia, com o clube mineiro expressando o desejo de abrir os portões, enquanto a CBF manteve sua posição, citando preocupações com a segurança e o histórico recente de confrontos violentos entre torcedores.
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PMMG e o posicionamento do governo mineiro
Pela manhã, a Polícia Militar enviou uma nota oficial à CBF, assinada pelo Coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, comandante-geral da corporação, assegurando “todas as medidas cabíveis para garantir a segurança interna e externa” do evento. Apesar disso, a CBF preferiu manter sua decisão inicial.
O GE anunciou que a corporação convocou coletiva de imprensa nesta manhã e explicou como a recomendação foi feita.
– O pedido foi para que houvesse uma reconsideração do nosso posicionamento. O nosso posicionamento é de que o melhor cenário é a torcida única, mas existe uma grande diferença entre eu me posicionar e quem tem o papel de decidir e tomar a decisão. Mesmo que a CBF tivesse deliberado lá atrás pela torcida mista, eu iria realizar policiamento. Com três possibilidades, eu identifiquei e manifestei oficialmente qual era de menor risco.
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, usou as redes sociais para criticar a postura da entidade. Ele defendeu a proposta de torcida única como solução e acusou a CBF de adotar critérios diferentes para clubes de São Paulo e Minas Gerais.
— Somos contrários ao fechamento de portões. Nosso pedido foi por torcida única, mas, se a CBF determina torcida mista, a decisão final é dela, já que o evento é privado. Infelizmente, na hora de punir o Atlético, a CBF foi rápida. Mas quando é um time paulista, faz vista grossa, colocando o Cruzeiro em risco e obrigando o pagador de impostos mineiro a financiar a segurança dos vândalos.
Simões também reforçou que Minas Gerais possui a melhor polícia do país, mas deixou claro que nenhum “criminoso fantasiado de torcedor” receberá proteção.
O histórico de violência
A decisão da CBF tem como pano de fundo um episódio trágico ocorrido em 27 de outubro, quando torcedores organizados do Palmeiras armaram uma emboscada contra um ônibus de cruzeirenses. O ataque resultou na morte de um torcedor da equipe mineira, acirrando ainda mais os ânimos entre as torcidas.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.