Em meio à campanha Maio Laranja, que marca a luta nacional contra o abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, uma nova iniciativa de Ouro Preto busca dar voz e acolhimento a mulheres que enfrentaram essas violências na infância. Através de um formulário disponibilizado online, o projeto “Voz ao Silêncio – Cartas que transformam dor em força” convida mulheres a compartilharem, mesmo de forma anônima, suas histórias e sentimentos por meio de cartas seguras e confidenciais, transformando a dor em instrumento de empatia, educação e resistência.
+https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeeUJ6cOEmSkDZC9WmU0-7yi96JG6-2dRmB_mcXXAmpO7kN8w/viewform
As perguntas buscam traçar um perfil da pessoa confidente, a fim de organizar os relatos. Idealizado pela educadora sexual e emocional Elisângela Florêncio, de 45 anos, e Lucimara Mendonça. o “Voz ao Silêncio” surgiu da escuta de mães, avós e tias que, ao longo dos anos, revelaram experiências traumáticas de abuso. “Surgiu a necessidade de dar espaço e voz para essas mulheres”, conta a criadora.
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As cartas recebidas por meio da plataforma ajudarão a formar um acervo de vivências e reflexões, que poderá orientar futuras ações de conscientização e formação de redes de apoio. O objetivo é romper o silêncio, combater estigmas e fortalecer uma cultura de proteção e escuta.
Como parte das atividades da campanha, no dia 18 de maio, data que simboliza nacionalmente o combate ao abuso infantil, será realizada a oficina “Eu cuido do meu corpo”, às 15h, na quadra do Bairro Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto. A ação educativa busca orientar crianças e famílias sobre os cuidados com o corpo e os direitos à integridade física e emocional, reforçando a importância da prevenção desde a infância.
Neste ano, a campanha nacional “Faça Bonito” completa 25 anos, e Elisângela reforça a importância do envolvimento coletivo:
“É fundamental que todos nos unamos para proteger nossas crianças. Precisamos educar sobre os sinais de abuso, apoiar vítimas e promover ações preventivas em nossas comunidades. A informação é nossa maior aliada.”
Denúncias de abuso ou exploração sexual podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100 ou diretamente às autoridades locais.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.