Na 3ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Mariana, realizada na segunda-feira (17), vereadores discutiram a violência transfóbica sofrida pela jovem Inaiê na madrugada da última sexta-feira (14). O caso gerou manifestações de repúdio e levou à apresentação de medidas para fortalecer a segurança na cidade.
Segundo relato da vítima em suas redes sociais, ela foi atacada por um grupo de cinco a seis pessoas após sair de um bar. Antes das agressões, um homem teria feito insultos transfóbicos contra ela. Inaiê chegou a receber ajuda de um casal para atravessar a rua, mas os agressores a atacaram novamente, levando seu celular e exigindo a senha do aparelho. A violência só cessou com a chegada da Guarda Civil Municipal, que monitorava a região por câmeras. Três suspeitos foram presos, e um segue foragido.
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A Prefeitura de Mariana divulgou nota de repúdio ao crime e afirmou prestar apoio à vítima por meio da Secretaria de Assistência Social e do Setor de Promoção à Diversidade. O texto destacou que a transfobia é crime e que o município não tolera esse tipo de violência.
Durante a sessão, o vereador Ronaldo Bento elogiou a ação da Guarda Civil e defendeu que os responsáveis sejam punidos. “Não podemos permitir que esse tipo de ataque continue ocorrendo em Mariana. Protocolamos hoje um projeto de lei para impedir que pessoas condenadas por discriminação participem de concursos públicos ou sejam contratadas pelo setor público municipal”, afirmou.
O vereador Ítalo de Majelinha reforçou a necessidade de medidas concretas para combater crimes de transfobia. “O Brasil é o país que mais mata pessoas trans, e Minas Gerais está entre os estados com maior número de casos. A Câmara precisa se posicionar e garantir que isso não se repita”, disse.
O presidente da Câmara de Mariana, Ediraldo Ramos (Pinico), anunciou que a Casa emitiria uma nota de repúdio pela violência transfóbica. Ele também destacou que já propôs, em 2021, um projeto de lei para reservar 3% das vagas em concursos públicos e empresas prestadoras de serviço da Prefeitura para pessoas trans.
O caso segue sob investigação pelas autoridades.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
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