Em Congonhas, uma nuvem de poeira tomou conta do céu, especialmente no bairro Pires. O fenômeno aconteceu na última terça-feira (24) e mobilizou a fiscalização ambiental da Prefeitura.
Após o episódio, as equipes de fiscalização visitaram empresas de mineração da cidade para verificar quais medidas estão sendo adotadas para o controle da poeira. Caso seja constatado que a poeira está sendo gerada por atividades das mineradoras, as empresas são autuadas e cobradas oficialmente a apresentar respostas e ações corretivas.
Agora, um ofício está sendo enviado a todas as empresas de mineração que atuam em Congonhas, cobrando medidas mais rigorosas de controle ambiental. O documento também apresenta dados das estações de monitoramento da qualidade do ar, que auxiliam na identificação das principais áreas afetadas e da origem da poeira.
A Prefeitura exige que as empresas adotem medidas eficazes para remediar os danos já observados e prevenir novos episódios de poluição, como:
- Acionar os protocolos dos Planos de Mitigação da Estação Seca apresentados em relatórios; Designar um funcionário exclusivamente para monitorar áreas da operação que estejam levantando poeira e aplicar medidas corretivas (como umectação ou uso de polímeros); Umectar áreas visivelmente secas; Manter aplicação contínua de umectação com caminhões-pipa em todas as pilhas e vias internas; Utilizar telas de contenção, barreiras físicas e cortinas vegetais, quando possível; Aplicar polímeros ou produtos aglutinantes para fixar a superfície das pilhas; Cobrir pilhas com laterita ou outras argilas de granulometria mais alta; Adotar cobertura temporária ou definitiva nas pilhas de material fino; Intensificar o monitoramento meteorológico local para ações preventivas e Reforçar a comunicação com a SEMAM sobre medidas adotadas e incidentes observados.
Além disso, um estudo mais detalhado está em andamento por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadores da instituição estão coletando amostras de poeira nas ruas da cidade durante 15 dias para identificar, por meio de análise técnica, de onde exatamente está vindo a poluição — um processo chamado informalmente de “DNA da poeira”.
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Entre as medidas adotadas, destacam-se os planos emergenciais de limpeza com caminhões-pipa nos bairros mais afetados, como Pires, Lobo Leite e Jardim Profeta. Também estão sendo realizadas blitzes para verificar a limpeza dos veículos em circulação, além de parcerias e termos de cooperação voltados à manutenção das vias públicas, além da elaboração do Inventário de Emissões, que permite mapear as principais fontes de poluentes.
Atualmente, a cidade conta com 13 estações de monitoramento, sendo sete de qualidade do ar, cujos dados são analisados diariamente para orientar ações imediatas. No entanto, já está em estudo a ampliação desse sistema, com a possível implantação de novas estações em pontos estratégicos e a sondagem de tecnologias mais modernas, como sensores a laser capazes de identificar com precisão as fontes de emissão.
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Estudante de jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto e estagiária no Jornal Geraes e na Rádio Real FM.
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